ARTE BRASILEIRA – POESIA – CLÁUDIO MANUEL DA COSTA – 1729 – 1789
ARTE TODO DIA
Jurista e Poéta Brasileiro, nasceu na Vila do Ribeirão do Carmo atual Mariana. Fez seus primeiros estudos em Vila Rica seguindo para o Rio de Janeiro estudar no Colégio da Companhia de Jesus onde formou-se ” mestre em artes “. Terminou sua formação na Universidade de Coimbra, Portugal, graduando-se em 1753 em Cânones, publicando seus primeiros poemas ainda na Universidade.
De volta ao Brasi trazendo os novos ventos Neoclássicos,l elaborou a ” Carta Topográfica de Vila Rica e seu têrmo “ em 1758, por solicitação da Câmara. Foi Procurador da Coroa, Desembargador e Secretário de Governo por duas ocasiões. Liberal, cercou-se dos jovens artístas de seu tempo, tendo sido um grande protetor ( mecenas ) do então Escultor e ” Mestre de Obras ” Aleijadinho. Escreveu vários poemas, entre eles – ” Culto Métrico “ de 1749, ” Minúsculo Métrico “ de 1751, ” Epicédio “, ” O Parnaso Obsequioso “ de 1768 e o célebre ” Vila Rica “ de 1765, além de Sonetos, Epicédios, Romances, Éclogas, Epístolas, Liras e Fábulas. Acusado de conspirar na Inconfidência Mineira, foi preso e encontrado morto na sua cela em aparente ato suicida.
FÁBULA DO RIBEIRÃO DO CARMO
A vós, canoras Ninfas que no amado
Berço viveis do plácido Mondego,
Que sois da minha lira doce emprego,
Inda quando de vós mais apartado:
A vós do pátrio Rio em vão cantado
O sucesso infeliz eu vos entrego;
E a vítima estrangeira, com que chego,
Em seus braços acolha o vosso agrado.
Vede a história infeliz, que Amor ordena,
Jamais de Fauno ou de Pastor ouvida,
Jamais cantada na silvestre avena.
Se ela vos desagrada, por sentida,
Sabes que outra mais feia em minha pena
Se vê entre estas serras escondida.